Conseguir uma carteira de motorista na Austrália pode ser um exercício demorado e caro.
O processo começa com um teste de visão, seguido por um teste de conhecimento do motorista.
Os moradores de Nova Gales do Sul podem participar do teste de conhecimento do motorista em árabe, chinês, croata, grego, coreano, sérvio, espanhol, turco e vietnamita.
Se o seu idioma não estiver na lista, você poderá solicitar um serviço de intérprete para o teste.
Os motoristas recebem uma placa L depois de passar no teste de conhecimento do motorista.
Isso permite que os motoristas comecem a ter aulas na estrada.
O número de aulas necessárias depende da rapidez com que o morista aprenda.
Antes de passar para um teste prático para obter uma licença restrita ou probatória, os alunos são obrigados a passar no teste de percepção de perigo que julga a capacidade de reconhecer situações potencialmente perigosas.
A maioria dos estados e territórios requer que jovens condutores com menos de 25 anos façam entre 50 e 120 horas de condução supervisionada por um instrutor ou uma pessoa com uma licença completa.
O número de horas de condução necessárias varia em diferentes estados e territórios.
Os motoristas podem, depois disso, solicitar sua licença completa após o período probatório especificado. Motoristas experientes, por outro lado, geralmente não precisam seguir as mesmas regras, desde que passem no teste de direção.
Os estrangeiros que possuam uma licença atual de um país reconhecido ou um país com motorista experiente podem converter sua licença internacional em uma carteira de motorista australiana geralmente dentro de três meses depois de chegar à Austrália.
As únicas exceções são a Tasmânia, onde os motoristas precisarão solicitar uma licença australiana dentro de três meses a partir da data em que seu visto é concedido, e Victoria, dentro de seis meses da entrada no país ou da data de emissão do visto.
Os motoristas com uma licença completa de países inelegíveis são obrigados a fazer um teste de condução geralmente dentro de seus primeiros três meses na Austrália.
Mas, mesmo motoristas experientes podem ter dificuldades para seguir as regras da estrada local.
Especialistas sugerem que os que possuam carteiras de motorista no estrangeiro considerem fazer aulas de condução antes do seu teste prático para evitar problemas.
Nem todos podem pagar aulas de condução ou encontrar amigos ou familiares para praticarem a condução.
Os Serviços Comunitários de Acesso da cidade de Logan, em Queensland, criaram um programa inovador chamado Mulheres ao Volante com financiamento da empresa de pedágios de Queensland, a Transurban.
O programa ensina teoria e oferece entre 10 e 20 aulas práticas para mulheres de origem de refugiados e migrantes.
O gerente do programa Access, Kenny Duke, notou um aumento na confiança dos participantes do Afeganistão, Birmânia e Somália.
Nascida no Afeganistão, Behnaz Sadeghi se estabeleceu em Logan há quase cinco anos, depois de viver a maior parte de sua vida no Irã.
Como mãe de três filhos, Sadeghi nunca havia pensado em dirigir até que lhe foi oferecida a chance de ter aulas através do programa Mulheres ao Volante.
Sadeghi está agora em sua licença provisória depois de 14 lições com uma instrutora.
A liberdade de dirigir sem pedir ajuda abriu novas possibilidades para ela.
CEO da Access Community Services Gail Kerr diz que às vezes são coisas simples, como não ter uma licença ou um carro que impede a pessoa de conseguir um emprego.
Embora programas como Mulheres ao Volante sejam raros, pode haver outros serviços de apoio disponíveis em diferentes estados e territórios para aqueles que não podem pagar aulas.
