Ataque hacker sem precedentes a dois dos principais meios de informação de Portugal: o Expresso e a SIC

Hacker with computers in dark room. Cyber crime

Source: Moment RF

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Dois dos principais meios de informação em Portugal, o jornal Expresso e a televisão SIC passaram toda a última semana sob ataque informático através de um modelo que permite que o atacante se apodere dos ficheiros e/ou dispositivos de uma vítima, bloqueando a possibilidade de esta poder aceder-lhes, e para a recuperação dos ficheiros é exigido ao proprietário um resgate em criptomoedas.


Os piratas informáticos afetaram designadamente o sistema interno da televisão SIC, o que causou problemas, por exemplo, de acesso aos computadores durante o dia todo. Houve até dificuldades em ligar os telepontos que auxiliam nos noticiários e na produção de peças, com impossibilidade de inserir, por exemplo, grafismos e com a quase total inacessibilidade ao arquivo de imagens.
A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa  está a investigar este ataque informático.

O que se sabe para já é que o ataque terá sido levado a cabo por um grupo que se auto-intitula Lapsus$.

O que se sabe deste grupo é que esteve associado a vários ataques no Brasil. Durante o mês de Dezembro, o grupo Lapsus$ reivindicou ataques aos sites do Ministério da Saúde brasileiro, do serviço de saúde e do portal Covid, assim como os sites da Polícia Rodoviária Federal e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

A imprensa brasileira noticiou que o grupo era constituído por colombianos e um espanhol, mas não especificava a fonte.

Suspeita-se que os piratas tenham entrado no sistema informático do Expresso e da SIC há vários dias e que estiveram a estudar a arquitectura do mesmo e a delinear um ataque sequencial, tendo começado pelos sites de notícias no domingo.

O Grupo Imprensa, proprietário do Expresso e da SIC classificou o ataque informático que sofreu como um “atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital”
 


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