Coreia do Norte faz ameaças à Austrália por aliar-se aos EUA

Nortrh Korea

Undated image, distributed on Sept 3 2017 by the North Korean government, shows leader Kim Jong Un at an undisclosed location. Source: Korean Central News Agency/Korea News Service via AP

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A Coreia do Norte lançou uma advertência à Austrália, ameaçando "desastre" inevitável caso o país continue a apoiar o que classificou de "provocações militares" dos Estados Unidos e da Coreia do Sul em direção à Coreia do Norte.


Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, em uma declaração através da agência oficial de notícias do país, disse que a Austrália deve parar de "seguir cegamente a política de invasão dos seus aliados", referindo-se aos Estados Unidos.

O porta-voz disse que se a Austrália tornar-se uma base avançada dos Estados Unidos para uma invasão da Coreia do Norte, será o equivalente a um ato suicida que terá consequências graves para os australianos.

A declaração aparece como resposta ao que disse Julie Bishop, ministra das Relações Exteriores da Austrália, enfatizando a necessidade de mais pressão diplomática no norte, durante uma visita que fez à Coreia do Sul:

"They will not be able to avoid disaster" - "Eles não poderão evitar um desastre", disse ela.

Enquanto isso, o parlamentar trabalhista Ed Husic, da oposição, alertou que o governo deve fazer o que é melhor para a Austrália - e neste caso, pode ser não ter uma posição totalmente fechada com os Estados Unidos.

Ele acusou a Coreia do Norte de inflamar uma situação já tensa com as declarações do porta-voz norte-coreano e instou o regime de Kim Jong-Un a respeitar as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Falando a Sky news, Ed Husic disse que a Austrália precisa ter certeza que qualquer política externa seja feita levando em conta o que é melhor para o país.

"I think Australia's foreign policy should reflect what's best for Australia, and what positions us strongly - particularly within our neighborhood, within the region.

Obviously we've got longstanding friendship with the Americans. But that doesn't necessarily mean that we can't have differences of opinion, as friends would. I think it is important that we, as I said, do what's right for the country first."

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